domingo, 18 de setembro de 2011

Sobre a beleza.

A Beleza depende de uma certa distância de posicionamento, assim como o gosto depende da atração e repulsão. Concordo que de uma certa distância qualquer coisa pode nos parecer Belo. Por que não? Aqui, justamente, a tristeza invade. O Belo, refúgio, depende de um movimento contínuo de posições e de um reposicionamento também constante do Todo. O Jogo das partes achando certa posição ao seu significado, mesmo que para isso necessitemos ficar com os olhos fechados, vidrados ou de costas. Assim, da busca de um problema de um conflito de um extremo tiramos a ação. Cartão vermelho! A imobilidade do versus antagônico. Falta! Os extremos da posição. Impedido! E os limites da oposição. Gol! Para além, onde tudo transborda e é transitório, ultrapassa e transcende. Trágico e cômico, assim é tudo aquilo que sente, aqui estão os nossos sentimentos. Porque somos incitados no fluxo do tempo a rir ou chorar. Na descontinuidade não há sentimentos. Se estamos nervosos, estamos mais chorando do que rindo, se mais raivosos nos parecemos cômicos; dando conta disso ou não, estamos mais rindo do que chorando. Pois quanto mais consciência, mais vida, mais clareza ao nosso destino, mais alegria. Quanto menos consciência, certeza temos deste destino de mais por acaso estarmos vivos. O caminho do meio é inesperado, porque nele não há surpresas e nele próprio há uma coincidência, do próprio acaso trágico e cômico, como o rindo e o chorando, ou chorando e rindo, horrível e belo, feio e bonito são opções da harmonia ou desarmonia. Para optar seria preciso não nos movermos. No entanto, existe o equilíbrio entre as coisas. E os opostos parecem haver em equilíbrio desarmônico.





(...)“el viejo silfo le dijo al poeta : "Muy pronto llegará el reino de los animales y de las plantas; el hombre se
olvida de su Creador, y el animal y la planta están muy cerca de su luz; di, poeta, a los hombres que el
amor nace con la misma intensidad en todos los planos de la vida; que el mismo ritmo que tiene la hoja
mecida por el aire tiene la estrella lejana, y que las mismas palabras que dice la fuente en la umbría las
repite con el mismo tono el mar; dile al hombre que sea humilde, ¡todo es igual en la Naturaleza!".

(Frederico Garcia Lorca – O malefício da mariposa)

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