quinta-feira, 24 de setembro de 2009

DIA-A-DIA

A HISTÓRIA É DO FUTEBOL

Há quem diga que a História acabou..., mas isto é para a senhora e também para aquele senhor que não querem mais ver a bola rolar. Entregaram a rapadura e vêm até me perguntar no churrasquinho do fim de semana,... nessa altura: “Você, um cara da arte, agora falando de futebol?!” Já vi que chegam ao cúmulo de pensar que política, religião e futebol não se discutem.
O assunto, porém, nunca acaba. E a conversa acaba sendo sempre o futebol. Podem ver. Mesmo a falta de políticas públicas para arte acaba levando todos para o meio de campo. Santo André acirra a luta pela melhoria da cidade, quer lançar a Lei do Fomento ao Teatro! O orçamento que o governo hoje destina à área “cultural” - vai para cultura, lazer e esporte, por exemplo: capoeira, futebol, artes marciais, aeróbica, axé, funk e ‘calcinha preta’, sem distinção de música, teatro e dança, formam todos a farinha do mesmo saco e o fermento faz crescer a massa do ladrão. Sem dúvida, o juiz é o ladrão, quisera fosse o Robin Hood, mas é com o futebol que ele será sempre melhor lembrado por atrair, induzir e fidelizar o gosto da população, que, mais uma vez, engole esse programa ‘gaveteiro’! Eis a religiosidade-política: se, até mesmo em Roma tudo termina em pizza, aqui tudo há de terminar em pizza e futebol. O importante é fazer o gol. Para comemorar. A conquista é só um quinhentos e representa, neste país de 509 anos de colonização, 98% de ganância e especulação. Vale tudo para ganhar sempre. Perder... jamais! No mínimo o empate. Não que eu ache fundamental um vencedor, mas para mim o ideal é saber ganhar! Ser sóbrio - de espírito - e apanhar o caneco para beber “o vinho” da vitória... sem cair no chão. Por isso, voltando ao teatro, nesta sexta-feira, me deparei com um estranho torcedor com a camisa do atacante Messi#18 da Argentina: “- Desculpe, eu não entendo nada de futebol, mas sei que a Argentina é uma seleção bem mal quista aqui no Brasil, porque você está usando esta camiseta?”, a resposta não me surpreendeu: “- Porque não é comum, eu uso por isso mesmo, porque não é comum e é subversivo”. Tinha a minha resposta! Não sou nacionalista, mas o que pensar sobre um alguém que torce contra a própria seleção?! República? Isto aqui é a estação da Sé!!! E quando subi as escadas (observação: a pé, como os atletas fazem quando sobem ao tapetão) e uma multidão se digladiava para pegar a rolante - leve e exercitado até chegar ao teatro - ao me ver com a mesma calça do personagem em cartaz (calma...!), não pude deixar de notar a moça que, por um sinal, me falou assim: “Esse aí é que nem eu, quando gosta abre logo um fã-clube”. Era eu, agora, fã de mim mesmo. Entrei na peça e percebi - eu era Benigno em Chapetuba F.C.: como fomos iguais em nos identificarmos muito mais com o diferente.
Mas para provar que o futebol está em todos os assuntos – desculpa se insisto nesse vício honorário, mas é porque já é tese reconhecida com mérito (ou aguardado) nas palavras de Zé Miguel Wisnick em relação a paradoxal hegemonia redentora do capitalismo, em outra literatura, que o futebol vai salvar o mundo - "Santo Veneno!" - (e acabar com a desigualdade social, política, econômica, ideológica... ?...)-, neste sábado, novamente no metro, li uma placa exposta com elogios tendenciosos para o tema: “Esta estação foi reconhecida por um atendimento nota 10. Aqui todos são craques no atendimento. É por isso que esse é um time campeão. Atendimento nota 10. O programa de atendimento campeão.” Dominação atlética da mão-de-obra.
Só me resta perguntar: se em relação à questão histórica, global e econômica chegamos a um mesmo fim, o "fut"..., será que não é a hora de começar a Narração!?

(Esse texto anuncia a peça Vidas em Jogo, criada coletivamente pelos adolescentes da Fundação Casa, Vila Clarice – Pirituba – SP*).

*aguarde a próxima postagem

Sob o olhar forasteiro, acessível a todas as impressões sem partido preconcebido

Reunião Núcleo Coletivo de Teatro de Suzano.
Pontuação de lances (24.08.09, a partir das 20h – início 18h30)


Ego e Política:
Pareceu-me haver uma contradição em relação a este assunto dissipado pelo próprio grupo. Porque se há uma postura política – e isto eu percebi bastante clara até pelos termos correntes e temas das “propostas” e “encaminhamentos”, ou pela maneira como está organizado o grupo, isto é, uma chance rara de se reunir companhias de teatro de uma cidade inteira, gerando uma potência enorme para ação junto ao governo administrativo e mobilização da produção teatral em Suzano, favorecendo e abrangendo, inclusive, outras regiões – e se houve, ao mesmo tempo, uma disputa de egos, alguém não deveria estar sendo acusado, atacado, cassado, rechaçado? Eu não vi isso. Não me parece haver egos inchados e inflamados portanto, pelo contrário, há alguns ainda bastante retraídos e que podem expandir-se mais. De qualquer forma, ouvi, e, na verdade, não pela primeira vez, que toda relação que faz sentido envolve poder. E poder, sem dúvida, é algo que se conquista e se disputa. E, não, algo imposto autoritariamente, absolutamente por um ditador centralizador. Somos contra fascismos, nazismos e totalitarismos de qualquer espécie – ponto comum. Essas questões, pela dignidade do ser, parecem ter bases bastante sólidas e já se tornarem senso no mundo de hoje, pelo menos em meios como o nosso. Assim, o nome já diz, e nós podemos ouvir: Coletivo. Ao mesmo tempo, está mitologicamente comprovado, que gostamos de reconhecer a competência, o ser competente, heróis que passam por uma jornada e que têm um trajeto em que disputam ou enfrentam uma competição.

O Amador e o Profissional:
Há uma linha muito inexata que divide essas duas vocações, mas que ao meu ver não deve separá-las. No uso cotidiano, “profissional” é aquele que faz bem (desempenho profissional), ou então, trata-se de um “profissional de m...”. E o amador, o que está sempre querendo fazer melhor, pois, afinal, ele faz por amor, quer dar o melhor de si. Nesse caso, há continuidade entre o amador e o profissional. O amador quer ser profissional, ou seja, quer fazer bem. E o profissional, não indiferente a ele, quer inseri-lo, pois deve querer agregar todo esse povo vocativo em torno da profissão e torná-los íntegros com o que fazem.
O profissional de teatro sabe exatamente o que é fazer por inteiro. Para ele, estar integralmente, não depende só do amor-próprio, não; depende mais, depende do outro, do amor do outro. O profissional já teve o tempo para perceber que não se desenvolve nada sozinho. É por isso que ele é político. Porque como um “amador”, profissional, o que ele mais quer é exercer sua profissão. E para isso ele precisa estar no meio, estar envolvido. Precisa que o outro venha lhe falar sobre o trabalho que está desenvolvendo, sobre a política cultural que gerou, sobre os editais que estão abertos, os canais e redes de atuação, às vezes, os mais privados, formas de captação de verba, viabilizações de projetos, etc.
Por fim, o profissional não difere do amador porque faz aquilo “por trabalho”, “por dinheiro” e, muito menos, “para sobreviver”. Primeiro, porque ninguém deseja o trabalho, “ter trabalho” para realizar as coisas, ou seja, preferiríamos encontrar nosso alimento já plantado e colhido para nós e nosso bem estar em abundância, mas infelizmente temos que batalhar para isso. Segundo, porque o amador também tem muito trabalho para fazer aquilo que faz. Todos trabalham. Para fazer qualquer coisa temos o trabalho. Trabalho é vida, não é morte. A gente só morre com o trabalho alienado. Portanto, o direito a profissão deve a ser defendido pela inclusão e mobilização de todos. Amadores não estão isentos de participar e se integrarem.

Lugar e Espaço Teatral:
Discordo de quem deseja buscar a propriedade do espaço para fazer teatro. Falo por mim mesmo, que quem quer isso vai sentir uma grande dificuldade, porque não vai ter o apoio. Vai correr com a desculpa de que não tem lugar para trabalhar. Sei o quanto é difícil enfrentar essa dificuldade. Já participei de um Projeto do Fomento sem endereço fixo, sendo que a própria lei exige que a companhia tenha sede própria. Com o mesmo coordenador, participei de uma Oficina de Formação de Atores: ‘Lugar da luta Vs. Luta pelo lugar’. É um assunto que muito me interessa, pois há muito espaço para se fazer teatro. O foco de cada grupo deveria ser ocupar esses espaços com teatro. E, não, ocupar(?) um lugar todinho seu(?) [ Como assim, ocupar o que já é seu, se você já está nele? O próprio ator não luta no palco para preencher com sua presença e dar conta de todo espaço?].
Há ainda tantos galpões abandonados, teatros parados em reforma, espaços interditados, lugares mal ocupados. Cada caso é um caso e deve ser analisado com peculiaridade, mas na maioria deles o grande responsável por essas mortes e abandonos de espaços são ofícios burocráticos de leis, às vezes, até mesmo incompreensíveis, inviabilizando projetos e tornando ações públicas demoradas. Há para isso, um grande profissional responsável, os ‘contadores’, verdadeiros mestres de cerimônias. Falo do Produtor e do Gestor Cultural. Assim como uma grande empresa tem o seu advogado, às vezes, diplomata ou embaixador, o teatro tem esse grande Narrador que leva a companhia para as assembléias públicas e fóruns de debate.
Assim, ao invés de se preocupar em tomar o seu lugar, cada companhia pode tomar uma posição (política e ética), escolher o lugar (dando preferência pública) e responder aos motivos que impedem dela fazer teatro ali. Tenho certeza que um grupo deste porte (falo do Coletivo Suzano) iria engrandecer discutindo e resolvendo questões como esta, tomadas por suas prioridades (tanto éticas como políticas: “continuidade da pesquisa, coerência, organicidade em relação à comunidade, contrapartida social”, etc.).
Não quero, de jeito algum, parecer arrogante, senão não lhes voltaria a palavra, mas já levantei espetáculo para escolas de dentro da minha sala de casa (3mX2m). Quem quer fazer realmente teatro, simplesmente faz agora mesmo – não percamos essa possibilidade de vista; teatro sem pedras ou tijolos, como já disse Eugênio Barba. Não deixamos de fazê-lo porque não temos o lugar, isso é uma imposição da cultura burguesa, mas a burguesia não é universal. Graças a Deus, existem outras culturas, as populares.

Organização e Articulação:
Não há trabalho vivo sem organização. Assim como o corpo é orgânico, o trabalho (nossa disposição e nossas ações) deve ser vital, isso quer dizer também, urgente. E pra isso é necessário uma certa obediência, responsabilidade, disciplina e ordem. Não obedecer a alguém, mas ser humilde para se responsabilizar pela vida do grupo. Se existe alguma ordem, ela deve ser a de deixar o grupo vivo, forte, saudável. E, também, de fazê-lo viver bem. E para termos uma boa relação um com o outro é preciso mais do que sabermos articular nossos braços e nossas pernas, nossas bocas,... mas estarmos articulados uns com os outros. E, também, saber articular com o espaço se for preciso, com quem está de fora, com quem entra e com quem sai (um corpo a mais, um corpo a menos, faz sempre muita diferença no espaço e para o conjunto). Não julgar, conjugar (jugale é o osso que se articula no maxilar).
Um grupo está realmente em movimento e articulado quando todos os seus membros estão A trabalho, A serviço, A revolução... [eu, particularmente, não acredito em Revolução, porque acredito que tudo que evolui tenha origem. O movimento dessa evolução é, portanto, relativo. Se eu passar para frente, enquanto algo começou a passar para trás, ou se eu passar para trás enquanto algo começou a passar para frente... Pode não ser uma ‘re-volução’, pode ser uma reversão, a solução, a retroação, a conversão, a transgressão, involução (?), enfim... “Uma sociedade não é formada por indivíduos, mas por relações”, disse o Marx... Rosa ao rio...]
É claro que acredito em mudança, em transformação (existe uma música: ‘I like change the world’). Se quisermos podemos mudar, podemos transformar. Na minha opinião, basta acompanhar para percebemos as mudanças, mas, na prática, proponho que todos tenham uma ação e que se responsabilizem por ela. Encaminho a proposta de serem distribuídas tarefas voluntárias para todos que estejam aptos a realizá-las até o término de cada reunião. Pois, assim, mesmo os que não se sentem muito à vontade para falar, que não têm facilidade com o discurso oral, possam estar articulados e desenvolvendo ações no grupo.

Projeto Fomento e Leis Culturais:
Acho que não ouvi bem, mas eu não acredito que um grupo deste vai querer se escravizar para disputar uma vaga com uma multidão de servos dessa subvenção. Imagino que estejam na luta pela ampliação da Lei Municipal e por políticas públicas.
Adiantando um pouco o debate, a Lei é, sim, um grande benefício e surgiu com muita luta, mas assim que surgiu já mostrou sua ineficiência para atender essa grande cidade. Ao escolher 15, exclui 100. Não é uma competição leal, porque não escolhe os mais competentes. Existem, no mínimo, 100 grupos de teatro competentes em São Paulo (uma pesquisa mais detalhada pode revelar isso). A lei deveria então ter 115 vagas, 100 com trabalhos comprovadamente eficazes e 15 que se tornariam capazes através dos resultados da lei. Ou seja, a Lei de Fomento acabou gerando uma grande concorrência entre a categoria teatral (e concorrência é algo sempre desleal com a arte, pois é uma coisa de Mercado). Fome dentro do teatro! Elitização e queda de qualidade.
Suzano e esse Núcleo teatral devem discutir, sim, projetos de leis que lancem programas culturais mais abrangentes, que atendam a mais pessoas. Discutirem as leis atuais, os problemas locais e o atendimento regional do teatro. O sistema de planejamento municipal e os projetos de leis culturais para Suzano.
Bacana pensar a Lei do Fomento, mas acredito que o objetivo desse grupo deva ser, deste já, discutir os problemas dessa Lei. Acho a discussão já bastante avançada e pode ser acompanhada pelo site e movimentos como o da Roda do Fomento.

Bem, é isso.
Atenciosamente,
Daniel.

PS – Ouvi falar que esse grupo existe para que as companhias conheçam melhor seus trabalhos. Achei isso muito bom, porque foi justamente para conhecê-los que fui aí. Deixo, assim, para me apresentar, se houver oportunidade, na próxima reunião. Abraços.

ONG - União Brasil Gigante

Levanta-te, toma o menino e segura-o pela
mão, pois farei dele uma grande nação (Gn 21, 18).
Saudações.

Adianto minha proposta de temas a serem debatidos num futuro atendimento para grupo. Coisas que pensei que só poderiam ser abordadas em forma de conversa, para depois serem aplicadas. Essa conversa se inicia entre profissionais educadores, porque realmente são assuntos de profunda relevância, mas que não cabe serem levantados à toa, muito menos serem discutidos sem precisão orientadora. Assim, eu também posso organizar o que quer que tenha ou esteja parado no ar.
Creio, como ser humano, no direito à vida, com toda convicção, mesmo que isso estivesse contra a lei (porque mesmo com uma ação prevista pela lei, a de “aplicar medidas socioeducativas”, nossa função é antes de tudo humana).
Ninguém tem o direito sobre a vida, mas, sim - e somente - à vida. Está, pleonasticamente, na constituição mundial dos direitos humanos. Quando deixamos de lado o ser humano, a vida deixa de ser natural, transparece, assim, a aberração, aquilo que conhecemos como crime ou pecado, verdadeiramente, bizarro e absurdo... - Até mesmo o animal quer viver. O direito à vida é lógico e universal. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém. Nem o bandido, nem o policial! E por mais que isso aconteça, acontece por reações em cadeias de vinganças e vingadores que pensam: “Se eles matam, eu também posso matar”. Acontece que quem pensa assim, vive o equívoco de existirem mil e um motivos para o assassinato, mas nenhum que justifique o assassino. A imposição de um ponto de vista particular e pessoal, faz dele um ditador, um imperador, autoritário ou até mesmo um louco sem autoridade nenhuma. Eis a cara ideológica da tirana, totalista, nazi-fascista, elitista e burguesa, infiltrada até as camadas mais baixas da sociedade.
Ninguém é dono da vida de ninguém, porque nem mesmo a mãe que gerou o filho pode dizer que o tem - senão em seu coração. Exatamente isso. Ela só pode dizer que o tem enquanto cuida, porque quando zela por ele, ele será seu, isto é, ela o terá bem. ‘Ter bem’ não significa que a mãe é dona do filho - (primeiro porque ela não o faz sozinha mesmo, segundo porque o filho cresce e se desenvolve independente dela querer ou não – é claro que depende, principalmente nos primeiros momentos, de cuidados, mas podem ser os cuidados de outro ou de outra, por que não?) -, mas que tendemos ser responsáveis uns pelos outros, ou, se preferirem, solidários. Ou saímos dando esbarrões no meio da rua, se jogando em cima dos outros?!! Portanto, aquilo que é seu e aquilo que é meu dependem de um sentimento. E não se pode tirar daquilo que não se tem.
Nada justifica tirar a vida. Não pelo motivo legal, porque sabemos que as leis estão vendidas para os fatores do Mercado e mais da metade dos governos - União, Estado e Município – só estão interessados nesse crescimento e apoiam trâmites como o aborto somente para estimular a economia. Um niilismo sem sentido. Enfim, para se ter qualquer coisa é preciso se dedicar muito, zelar e cuidar para que seja seu, dele ou dela. O direito de propriedade é gerado através do cuidado, do zelo e da dedicação e, também pelo bom uso. É preciso ser bom no que se faz. Com muita certeza, será o dono aquele que guarda. Assim está na lei que é movida pelo desejo - de se ter e de querer – “lei da oferta e da procura”. Isto será assim até o triste dia em que deixarmos de desejar.

“Sem a Lei, o pecado está morto”. "Mas eu não teria conhecido o pecado, se não existisse a Lei” (Rm 7 : 7-8).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

FUNCA-Pirituba

Saudações, grupo do Teatro!

É sempre bom falar com um grupo. Penso ser mais orelhas disponíveis. Assim nossa voz torna-se mais ouvida.

Embora tenha passado rapidão, quero agradecer a oportunidade de visitá-los dada pela professora de vocês, Karina. E também parabenizá-los pelo empenho artístico. Muito bem! Tive verdadeira vontade de trabalhar com vocês. Isto é, bastante confiança, não para apresentá-los a grandes teatros e em Festivais (apenas), mas para dominar os espaços (do mundo) com arte e vida. Provaram que vão além dos limites e estão organizados pra isso, são capazes de se libertarem com o teatro e olhar de forma diferente para as coisas, por outro viés, buscar outras vias, outras alternativas, diferentes do padrão ‘papai-mamãe’ que todo mundo já busca...

Vocês têm um potencial imenso para isso. A referência de vocês não são as óbvias. Incrível, então, vocês se interessarem por teatro. E mais incrível o que podem fazer com ele, acreditem. Alguns perceberão que esse impossível só pode ser Deus, ou para Ele. A gente percebe isso nas situações mais difíceis, mais tensas, no aperreio, quando só dá pra contar com Deus mesmo. Mas fazer teatro não é senão brincar de Deus provavelmente.

Sei que falei demais até. Fui aí só pra ver... (E também pra fazer o aquecimento... que é importante mesmo se preparar para desenvolver qualquer técnica. Só entra em campo o “Jogador” com preparo). Quero, contudo, filosofar um pouquinho... É que vocês disseram, com todas as letras, que teatro é uma forma de expressão. Pô, isso é tão estimulante que passei adiante, para o que é fazer a cena, não tanto como atuá-la, porque isso a Karina já está passando e melhor do que eu poderia pra vocês, mas um pouco do que é “escrevê-la”. Antes, ainda tenho que lhes dizer que sim, sem dúvida, Teatro é o meio de comunicação que utilizamos dia a dia. É uma linguagem simples, pois que até o analfabeto faz Cena, a criança faz. E vocês terão facilmente o controle de suas expressões através de muito esforço e treino.

Para conhecer alguém, ande junto com essa pessoa. Para saber melhor de algo, vá aos princípios (e da origem acompanhe as transformações). Qual a primeira expressão? Sem dúvida, é nascer. Talvez expressemos algo quando damos algumas pancadas na barriga da nossa mãe, mas isso só ela percebeu ou só alguns. Quando nascemos nos encontramos com o mundão aqui fora e com os outros de fato. Depois abrimos um berreiro, cagamos, mijamos, depois falamos... E tudo isso é expressar. Expressamos ações e todas elas imitam a primeira, que é nascer. A fala nasce da boca, o gesto nasce do corpo, as idéias, tudo nasce... E imitamos isso. Imitamos o movimento criador. Imitamos para aprender criar. Imitamos para aprender qualquer coisa, pois nós imitamos, na verdade, ao expressar, ao se comunicar, o nosso nascimento. Mas criar, no entanto, não é só por no mundo, não é mesmo? É acompanhar as transformações. É saber no que vai dar aquilo que a gente falou, o que a gente fez e, também, todas as nossas ações, nossos gestos, nossas vidas. E, por isso, existe o teatro. Pra gente ver tudo isso acontecendo. E é por isso, também, que é usual no teatro a ação ter um propósito, ter um fim, uma finalidade, porque queremos saber no que vai dar. Ver por inteiro, estar por completo.

Teatro: “lugar da onde se vê”. Quando disse pra vocês que é sempre um conflito que chama a nossa atenção, que o lugar do palco é zona de interesse pelo suspense, pela tensão (e por isso que ele é suspenso), é porque, na verdade, o que queremos ver são esses conflitos serem resolvidos, quais resoluções; tendemos por buscar finalidades (porque tudo que nasce tem um fim, que determina seu ciclo natural). A gente não vê aonde a nossa própria vida vai dar, porque morre, mas somos capazes de dar sentido para a vida de um outro e chegar ao fim. Além de criarmos sentidos para nós mesmos durante a vida toda. Falei... me desculpem, vocês merecem ser vistos, ouvidos e visitados... me chamem, irei com prazer.

Abraços. Bravo!

Daniel.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ensino e aprendizagem

Fui estudar Pedagogia num livro antigo do meu pai e, talvez, já bastante ultrapassado; tive que fazer algumas revisões. Para aqueles que quiserem podem acompanhar minha (re)leitura de:

ENRICONE, Délcia. SANT´ANNA, Flávia Maria. ANDRE, Lenir, Cancella. TURRA, Clódia Maria. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: PUC, EMMA, 1975.

“A educação, por ser considerada um investimento indispensável à globalidade desenvolvimentista, passou, nos últimos decênios de nosso século, a merecer maior atenção das autoridades, legisladores e educadores.”
Lê-se:
A educação, por ser considerada um desenvolvimento de sustentabilidade resistente à globalidade progressista, passou, nos últimos decênios de nosso século, a receber maior atenção das autoridades, legisladores e educadores.

“relacionar o desenvolvimento do sistema educacional com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural do País, em geral, e de cada comunidade, em particular;”
Lê-se:
relacionar o desenvolvimento do programa educacional com o desenvolvimento financeiro, profissional, informacional e tradicional do País, em geral, e de cada comunidade, em particular;

Educação é integrar-se na sociedade respeitando o outro.
A única coisa que nos diferencia é o que todos temos em comum, os anos, ou melhor, a experiência.
O que aprender para educar-se? – “Pensar certo” (Paulo Freire).
“uma tarefa multidisciplinar que tem por objetivo a organização de um sistema de relações lógicas e psicológicas dentro de um ou vários campos de conhecimento,de tal modo que se favoreça ao máximo o processo de ensino-aprendizagem”
“propiciar o estabelecimento de um clima estimulante para o desenvolvimento das tarefas educativas;”
Lê-se:
Estimulante ao terceiro milênio: contra sexo&drogas, o amor (interesse por aquilo que se faz) e treino da criatividade (“vícios bons e saudáveis”).

“os melhores meios de cultivar o desenvolvimento da ação escolar, envolvendo, sempre, todos os elementos participantes do processo”
Lê-se:
o melhor meio para cultivar o desenvolvimento é o envolvimento, sempre, de todos os participantes do processo.

“A dinamização e integração da escola como célula viva da sociedade, que palmilha determinados caminhos conforme a linha filosófica adotada, é o pressuposto inerente a sua estruturação.”
Lê-se:
A dinamização e integração da escola como uma molécula viva da sociedade, que palmilha determinados caminhos conforme a filosofia reinante, linha-mestra de pensamento, ou mesmo, ideologia dominante (ligada à tradição e cultura daS escolaS – seja possível EDUCAR no que se desejar, mas que o pressuposto seja inerente a sua estruturação).

“Indica a atividade direcional, metódica e sistematizada que será empreendida pelo professor junto a seus alunos, em busca de propósitos definidos”
Lê-se:
A direção aponta o caminho. Podem haver vários caminhos, mas o caminho é a única coisa que existe de fato.

“- racionalizar as atividades educativas”
Lê-se:
Ter razão até mesmo para transgredir a ética. Sem a razão não há o irracional.

“- conduzir os alunos ao alcance dos objetivos;”
Lê-se:
Acompanhar desde a origem as transformações é a única possibilidade de perceber a mudança, de criar o novo, de mudar, de se criar.

“O planejamento educacional é o mais amplo, geral e abrangente. Prevê a estruturação e o funcionamento da totalidade do sistema educacional. Determina as diretrizes da política nacional de educação.”
Lê-se:
O planejamento educacional é o mais amplo, geral e abrangente. Prevê a estruturação de uma sociedade, pois compõe uma nação através de diretrizes políticas. “Permite a inter-relação entre a escola e a comunidade”, compondo um espaço vivo.

“Identificar o comportamento final, isto é, o comportamento que será aceito como prova de que o estudante alcançou o objetivo.”
Lê-se:
Identificar a satisfação coletiva do grupo, isto é, a satisfação que será aceita como prova de que o estudante alcançou o objetivo do ensino.

“Um objetivo bem definido é aquele que comunica claramente ao aluno a intenção educativa do professor.”
Lê-se:
Um objetivo bem definido é aquele que comunica claramente ao aluno a ação educativa do professor.

“aprender já não significa acumulação de dados, mas sim representa a adaptação satisfatória do aluno às situações, através das mudanças de comportamento”.
Lê-se:
aprender já não significa acumulação de dados, mas sim representa a relação satisfatória do aluno às situações, através das transformações de atitude

Uma pessoa sem cultura, além de ser excluída socialmente, é tida como sem educação. Já uma pessoa educada, desenvolve facilmente uma cultura.

“...evitando a improvisação tão prejudicial à atividade escolar.”
Critica-se:
Improvisar não é apenas o caótico, mas significa também estar preparado e atento para o acaso.

“O que confere valor a qualquer atividade é a consideração de como, quando e onde é mais apropriada e eficaz.”
(fecha-se os olhos e) Lê-se:
O que confere valor a qualquer atividade é o interesse (amor) por aquilo que se faz.

“Entendemos como feedback o processo organizado, pelo qual se faz retroagirem os efeitos (resultados) de um sistema em desenvolvimento sobre as causas (fontes de estimulação), com o propósito básico de assegurar o alcance dos objetivos.”
Lê-se:
Retroação, multiplicação e mudança: trans-educacional.
"É importante, também, considerar o nível evolutivo do aluno, os interesses e necessidades da comunidade."
Lê-se:
O aluno deve desenvolver a capacidade de se auto-avaliar e integrar-se, seja qual for sua fase de desenvolvimento.
O razão evolui ainda mais o ser que melhor está adaptado às condições globais. (A gripe suína ou os homens? - Nós! Somos capazes de evoluir mais do que o vírus. Ou então, já imaginaram se o vírus pensasse?)

"O professor, ao planejar o trabalho, deve estar familiarizado com o que pode pôr em prática, de maneira que possa selecionar o que é melhor, adaptando tudo isto às necessidades e interesses de seus alunos."
Lê-se:
A gente só aprende quando fica ensinado.
Só somos capazes de ensinar aquilo que aprendemos.
Portanto, aprender é, realmente, tornar-se capaz de ensinar.
Assim explica-se o professor ''professar'' o entendimento que ficará em nós .

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MORSE

Tdo q 1 prostituta precisa fazer bem é se oferecer. A GRANDE oferta (profissional) é a PROSTITUIÇÃO do Mercado ...d produtos prostituídos ou piratas.

Burguês nasce explorando p/ ñ ser explorado.Ñ faz nem vê AMIGOS. Intolerância e corrupção degenera gerações. CICLO VICIOSO "NATURALIZADO".

Salvo a Pecuária e Agricultura! P/ o globo (e conspiram, universo): dinheiro e sexo, comida e cultura.

Funk descensura indústria pornô, viciando na repetição MASSAnte.RAP perde público.No pensamento antes sexo e namoro.AMIZADE perdeu valor.

A Elite mórbida q domina financeiramte o(s) pó(s) controla vidas e curas. Quebre as correntes q puder! A força tem q partir de vc (e a q domina erva(s) e carne(s), controla terras e moradias)

Oro pela sua reabilitação.Os donos da luz ñ vão t dar uma estrutura física.Nem vão satisfazer SEUS interesses corpo-rativos.

'Jesus:"Eu quero,fica limpo".Num instante ficou limpo da lepra(Mt 8,3)'. Luta contra Uso e Tráfico de Drogas. -Mórbida(o)s! (celebração do dia 26/06)

A perversão q nos faz esquecer como foi e quem éramos.Chega 1 ponto q ñ volta atrás mais. Ñ se condene em nome da lei dos palhaços.

Jovens ñ respeitam nem aprendem na imitação. Sem amigos aumenta intolerância e autoritarismo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Polícias, Piratas e Prostitutas

“Sem a lei estava morto o pecado”."Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei" (Rm 7:7-8).


Não tenho novidades,... por isso escrevo... o que tenho para contar, os demônios quase me atrasam, mas, quando vi, eles sumiram... foi legal (leio e indico: ‘A loucura e as épocas’, de Isaias Pessotti - se a gente acreditasse mais na TEORIA, não teríamos criado tantas teorias... A loucura poderia não ser uma doença, talvez nem existisse doenças; a gente não poria a tal da culpa nos demônios e influências, etc.). Mas até que com o Satanás, o Mundo se torna mais fácil de resolver... Já que é ele que domina tudo ... é só se controlar para não ser você o dominante... hiauhiauhiauhiau... (Sai nazismo! Sai ditadura! Fora absolutos! Abaixo a toda classe de totalitarismos e totalistas!!!)
Se vivermos para morrer, a vida não tem sentido e é uma grande loucura... A vida é justamente colocarmos sentidos para aquilo que criamos, confiando e a-creditando: fé... Ué, mas isso não exige domínio e poder? - Não, não somos nós que controlamos. A boca, o nariz, os olhos, os ouvidos, o corpo todo precisa estar bem regulado para isso, isto é, para ter controle. Sob regime? Doutrinado? Treinado? - Não! Apenas regulado naturalmente. Daí a lei do desejo... (corporização? não!)... ser sem regras, não há jogo: lei da oferta e da procura. ORGANIZAÇÃO. O organismo vivo organiza a vida; ordena a vida. O grande poder da vida é refletir sua ORIGEM e sua FONTE.

BEBA NA FONTE NATURAL

Aprendi uma coisa numa oficina de dramaturgia esses dias: A prostituta é a profissional da OFERTA, e não a do sexo como nos falam. "Não importa se foi bom ou se foi ruim", tem que pagar - e para isso ela precisa COBRAR pelo seu trabalho, no entanto, o que ela precisa realmente SABER para fazer o que faz, o que ela precisa realmente se profissionalizar, é a "arte" de oferecer, tem que saber se oferecer: preparar-se bem , ser bem "limpinha", se maquiar atrativamente, se vestir bem, etc. Assim, para se dar bem no mercado, o seu treino diário, a sua aptidão é oferecer-se por inteira.

A PRÁTICA DE OFERECER-SE FÁCIL DEMAIS AUMENTA A PROSTITUIÇÃO E QUANTO MAIOR ESSA PROCURA, MAIOR É A PERDIÇÃO.

Daí concluí: A lei da oferta e da procura é talvez o meretrício mais antigo que já se ouviu falar e no mercado do mundo capitalista, individualista, à oferta dá-se o nome correto de prostituição. Isso pode ser lido da seguinte forma: Os produtos vestem-se bem com duas fantasias, mercadorias-prostituídas (que se oferecem de forma oficial, portanto vantajosamente e apelativamente) e pirateadas (que se oferecem também, de forma subordinada e contrabandeada); ambas produzidas e comercializadas pelo mesmo ser humano, com a mesma nota e com o mesmo berro de "Quem dá mais?!". Não se esqueça, portanto, que ‘o que VALE é a intenção’. Há, então, a oferta que pode ser considerada sagrada ou "substituta". Trata-se das mercadorias de reposição, pois fazem parte ou substituem aquilo mesmo que nós somos, se integram ou se entregam totalmente à devoção ou à devoração... Não obstande serem vendidas também: a comida por exemplo,... o alimento, mais especificamente, e não a comida, o que nos acrescenta, pois todo o resto faz parte dos interesses CORPO-rativos das empresas, indústrias e instituições que dominam o campo dos royalties e dos negócios burgueses que traficam, corrompem e contrabandiam seus escravos e também seus ajudantes alienados (isso deve incluir, não só os nossos lares, mas a mim e a você também). É comum vermos esse "tipo" de mercadoria como algo sagrado, que se oferece aos olhos contemplativos e que destacamos de todo o resto (nós mesmos).

PROSTITUIR NÃO É APENAS COMERCIALIZAR O SEXO, MAS OFERECER-SE AOS DESEJOS.


Infelizmente a luz de Bilderberg, a elite colonizada pelo desenvolvimento, explora mais e mais a vida dos que estão "bombados", dominados, escravizados e são manipulados financeiramente, por isso, são mórbidos. Se possível fosse, não trabalharíamos para essa gente desnaturada (ou sem planeta), nem sequer iríamos ajudar, por vontade própria, a apoiar o caixão da morte física (e também financeira, econômica, política, social...), acomodando-se com suas idéias viciadas no prazer que proporcionam as mercadorias baratas (e nunca de GRAÇA. Caro mesmo, é de graça).

ORKUTs, MSNs, CELULARES E MÁQUINAS QUE NOS FAZEM CADA VEZ MAIS TER O QUE OFERECER. PARA QUEM?

Livre dos VÍCIOS, quebrando as amarras que pudermos para desfazer as correntes do julgamento, das prisões injustas, e também - e talvez o mais difícil deles todos -, com muita união e amizade: é possível não EXPLORAR a vida. Não estar viciado em ninguém, enfim. Porque se nascemos burgueses, pensando que a sociedade só quer sugar nossos bens e benefícios, nos defendemos, repudiando e explorando para não sermos explorados, já não sabemos em quem confiar, nem o que é mesmo fazer amigos. Cresce a INTOLERÂNCIA, o que faz aumentar a VIOLÊNCIA. É o que causa guerras ou mesmo o que te faz desejar usar muitas drogas. Não! Queira continuar com todos... Principalmente, porque esses "produtinhos" podem ser bons, podem dar prazer e às vezes até curar, mas amigos não são escravos nem trabalham para proprietários de amigos! Não existem donos de vidas. E é muita força que se precisa ter para controlar esse vício. Droga, o nomos* (*lei) já diz, é uma droga. Não dependa, nem estimule ninguém. Não se zangue com quem lhe propõe uma solução provisória, zangue-se com aquele que acredita que tem a solução definitiva... Camisinha evita doença, mas também não gera filhos... (desnaturados!!! Isso é aborto! Assassinos...). Estamos falando do que é sujo, a sujeira é o que vai ficando e não o que vai para o lixo. Portanto, o acúmulo corroe o mundo.

DESAPEGO.

"A psicanálise matou o Deus" (Flávio de Carvalho). Vamos encontrar um jeito de se livrar do sexo e restituir o nosso santo amor(!!!amém!!!). Libertar da opinião, da poluição... porque sabemos o que se sente quando o assunto é transparente, quando a flor é verdadeira... VIVA À NATURA!!!
Deixei um assunto pra trás. Ah, sim, a comida. Algo inexplicável, mas compreensível. IMAGEM (imagus = ilusão): não acredite para sempre. As ilusões não são perenes. Virgem Maria só é santa porque é toda feita por comida... Acho que vi isso foi na lata de azeite...

"FICAR" COM A MARCA DA PROSTITUIÇÃO QUE VEM COM O PRÓPRIO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA MUNDIAL.

O mundo se oferece levianamente com toda espécie de prazeres. O desejo material segue a lei irrefreada e incontrolada da carne que se oferece ao mesmo tempo que se consome. Um mundo regido pela lei do desejo, da oferta e da procura, que faz apelo à prostituição, ao roubo e à forma fácil, mecânica, imperceptível e automática. Enquanto a serpente engole a própria cauda, o profeta João, em Apocalipse, e o profeta Oséias já prescreviam a Cidade como grande prostituta, pois ela mesma se oferece para satisfação dos desejos da carne: ["E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas." Apocalipse 17:15 ].
Felizmente, houve UM ÚNICO e SINGULAR que de GRAÇA se deu, não por uma causa ou um propósito, mas por toda a humanidade, e milhões e milhões já seguem o Seu Caminho Santo, do desapego e da Vida que dá Luz Verdadeira e que dura PARA SEMPRE. Ele também nos dá vida e força para se libertarmos dos próprios vícios e desejos que se multiplicam no mundo, que por corruptível, se correoe, se consome.


"Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí. (Jeremias 31:3)"


A PAZ NA TERRA

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Comentário - The Zoo Story



Acabei de assistir a leitura cênica do texto Zoo Story, de Edward Albee, tradução de Luiz Maciel, graças, e de graça mesmo, a Eugênia Thereza de Andrade, que nos explicou toda dificuldade que está havendo para colocar em cena essa peça, que é incrível, mas que, provavelmente, enlouqueceu o autor, que proibiu de ser montada e mudou até o nome da obra.
No meu olhar o texto revela, principalmente, como as pessoas tornam-se indiferentes umas as outras e a todas as relações, aos sentidos aos afetos. É até mesmo cômica a dificuldade que o personagem ‘Peter’ tem para abandonar suas atividades corriqueiras e cotidianas, principalmente, o seu trabalho (o escritório de editoração). Como na história de Jef (o personagem chefe) que, após amar e tentar matar o cachorro de sua pensão – os extremos de uma relação – passa a tratá-lo com indiferença e o cão, idem. A ironia amarga desse personagem – estopim, pedra de gênese – nos faz sentir a necessidade de ação, uma atuação para a vida, digo, a necessidade vital de fazermos algo transformador. Algo que mude realmente o fluxo das coisas como elas, geralmente, são e ficam sendo para sempre, mesmo gerando incômodo. Esse incômodo é tão grande em Jef que ele prefere, ou prova que é preferível, dar a própria vida, transtornar, do que aceitar a conduta formal e a ação correta; transgredir mesmo as regras morais e éticas, mas inaugurar também uma ética, a de que incomodados mudamos o lugar. Ou então, antes de mudarmos de lugar, matamos pela posse definitiva desse lugar e nos tornamos ridículos por defender uma situação tensa e imperfeita, tal qual Peter o faz no final do texto.
Quando retiramos um ser vivo, qualquer um, que está naturalmente, em um lugar qualquer também, e o colocamos em outro lugar sem o seu consentimento, estamos retirando dele o direito a vida, ao mesmo tempo, nos tornamos ridículos, porque estamos colocando atrás das grades e pondo nossos rostos nos jornais. É o autoritarismo vs. a pacividade. O banco de Peter é retirado e assim é colocado em cheque a sua vida, padrão e banal, pois fora dela ele não sabe nem mesmo empunhar uma faca para se defender, matar, nem sequer responder.

Pensei que a peça estava sendo montada sem os direitos legais e até torci por isso - eu levantaria os dois braços e aplaudiria – sem dúvida, sentiríamos mais à vontade, os que ficassem é claro. Quando voltei para casa quase não me reconheci, cumprimentei todas as pessoas que vi até chegar aqui. E como não nos falamos nas ruas, como estamos todos cansados na cidade, porque a cada passo é um ser diferente e é muita gente pra se cumprimentar, então dá preguiça,... bastava cumprimentar com as mãos, com os olhos, com o corpo, só com o pensamento,... E com os que estavam quase indiferentes a tudo, ficava até mais fácil, pois pra esses basta olhar que você já se torna diferente e é notado, com a certeza de quem não anda pensando somente, calculando, planejando a vida,... mas dando de mim o que é presente.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

U.F.A!


E NINGUÉM VAI ACHAR O AVIÃO...?
E JÁ QUE FOI DIA DA IMPRENSA (01/06) E DIA DA AEROMOÇA E DO COMISSÁRIO DE BORDO (30/05), COM LICENÇA PARA UMA CRÍTICA AOS RACIONALISMOS TOTALITARISTAS DA IMPRENSA.
Enquanto não se achou avião nenhum, a imprensa tentou encobrir qualquer possibilidade sobrenatural. Perceberam...? Têm até vergonha de cogitar outra coisa senão uma catástrofe... mas ainda não há uma resposta para o acidente que aconteceu. Só pra mostrar mesmo como fazem drama essas elites. E rezem mesmo, parentes: 'Deus tenha piedade dos duzentos e poucos viajantes'.

Acredito, sem dúvida, na possibilidade de razões extrasensíveis para o acontecido. E mais, sou contra todo esses racionalismos classificatórios, do tipo de que seres humanos são animais racionais e que os outros, animais pelo menos, não têm razão nenhuma de ser. Vai à merda. A razão é muito mais do que uma teoria, um senso lógico, dogmático como o é, até hoje, na Biologia. Nunca vamos dar 'asas' a vida desse jeito!... E não estou brincando. Rezo mesmo que Deus tenha piedade desses passageiros.
Sinto muito, porém! Mas as imprensas encobriram, antes mesmo de saber o que houve com o avião, qualquer possibilidade de vida ou sobrevivência!!! É muito dogmatismo racionalista para mim! E pessimista demais.
Será que é preciso mais injustiça para comprovar que somos capazes de criar até discursos (E REALIDADES) irracionais? Pela revolta!!!?
Se somos até irracionais, por que não crer numa verdade transcedental ou até mesmo sobrenatural, por exemplo? Senti-me excluído.
E digo mais, a imprensa impede de sermos, inclusive, racionais! Ela nega possibilidades, afirmando mortes, catástrofes sem provas!!! (podiam ser no mínimo mais otimistas). Isso é assassinato!
Perder é ruim, compreendo, não vamos querer isso. Sem ter achado corpos, sem ter achado nem provas, nem destroços, tudo mostrava que sim, que era o que queríamos: um acidente, até um desastre (para as famílias principalmente) a ser indenizado devidamente pela empresa aérea Air France. Se dizia 'catástrofe, queda, explosões e raios' pela imprensa sem termos provas lícitas... oras bolas...! qual o verdadeiro papel do jornalista afinal? Ser repórter ou juiz?
Enquanto O AVIÃO EStAVA APENAS DESAPARECIDO, torci pela sobrevivência, isto é, pela vitória, pela vida, disse: "quiça reapareça!". E riam de mim. A realidade foi um pouco mais trágica, mas até que ponto não o somos nós mesmos esses seres tragicamente formados, ou diria, (in)formatados?

E, ainda, quando acharam os detroços começaram a tratar o caso do "avião desaparecido"... ! É incrivel, não?! A imprensa quando COBRE, ENCOBRE!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Liberdade e Abolição

Fiódor M. Dostoiévski, o profeta da Revolução Russa, escreveu:
(...) “Jamais os homens saberão, em nome da ciência ou do interesse, repartir pacificamente entre si a propriedade e os direitos. Ninguém terá bastante, e todos murmurarão, terão inveja uns dos outros, exterminar-se-ão mutuamente. (...)Porque, no presente, cada qual aspira a separar sua personalidade dos outros, quer gozar ele próprio a plenitude da vida; entretanto, todos esses esforços, longe de atingir o alvo, só resultam num suicídio total, porque, em lugar de afirmar plenamente sua personalidade, caem numa solidão completa. Com efeito, neste século, todos se fracionaram em unidades, cada qual se isola no seu buraco, separa-se dos outros, oculta-se, ele e seus bens, afasta-se de seus semelhantes e os afasta de si (...), felicita-se pelo seu poder e pela sua opulência; ignora, o insensato, que, quanto mais amontoa, mais se enterra numa impotência fatal (...) acostumou-se a não crer na ajuda mútua, no seu próximo, na humanidade, e treme somente à idéia de perder [dinheiro] e os direitos que [ele] lhe confere. Por toda parte, em nossos dias, o espírito humano começa ridiculamente a perder de vista que a verdadeira garantia do indivíduo consiste não no seu esforço pessoal isolado, mas na solidariedade. Mas este isolamento terrível terá certamente fim e todos compreenderão ao mesmo tempo quanto essa separação era contrária à natureza. Tal será a tendência da época, e causará espanto ao ter-se demorado tanto tempo nas trevas, sem ver a luz.”(...) [p.244].

(...) “O mundo proclamou a liberdade, sobretudo nestes derradeiros anos, e que representa ela? Nada mais senão a escravidão e o suicídio! Porque o mundo diz: ‘Tu tens necessidades, satisfaze-as, porque possuis os mesmos direitos que os grandes e os ricos. Não temas satisfazê-las, aumenta-as mesmo’. Eis o que se ensina atualmente. Tal é a concepção deles de liberdade. E que resulta desse direito de aumentar as necessidades? ... a solidão e o suicídio espiritual; (...) a inveja e o crime(...) Assegura-se que o mundo, abreviando as distâncias, transmitindo o pensamento pelos ares, unir-se-á sempre cada vez mais, que a fraternidade reinará. Ai! não acrediteis nessa união dos homens. Concebendo a liberdade como o aumento das necessidades e sua pronta satisfação, alteram-lhes a natureza, porque fazem nascer neles uma multidão de desejos insensatos, de hábitos e imaginações absurdos. Não vivem senão para invejar-se mutuamente, para a sensualidade e a ostentação.(...) passa tudo como uma necessidade à qual se sacrifica até sua vida sua honra e o amor à humanidade, matar-se-ão mesmo, na impossibilidade de satisfazê-la(...) Dizei-me se tal homem é livre. Um ‘campeão da idéia’ contava-me que, estando na prisão, privaram-no de fumo e que essa privação lhe foi tão penosa que quase traiu sua idéia para obtê-lo. Ora, esse indivíduo pretendia lutar pela humanidade. De que ele pode ser capaz? Quando muito de um esforço momentâneo, que não sustentará por muito tempo. Nada de admirar que os homens tenham encontrado sua servidão em lugar da liberdade, e que em lugar de servir à fraternidade e á união, tenham caído na desunião e na solidão(...) De modo que a idéia do devotamento à humanidade, da fraternidade e da solidariedade desaparece gradualmente do mundo; na realidade acolhem-na mesmo com derrisão, porque como desfazer-se de seus hábitos, aonde irá aquele prisioneiro das necessidades inumeráveis que ele próprio inventou? Na solidão, preocupa-se muito menos com a coletividade. Afinal de contas, os bens materiais aumentaram e a alegria diminuiu.” [p.252].

Leia:
Fiódor M. Dostoiévski. Os irmãos Karamázovi. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1995.

sábado, 9 de maio de 2009

ATO FALHO (ou Vs. 4)


Maconha?!!!

Como?

Se índios muito bem.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Justiça!... ou ignorância

O ódio é uma ignorância. Uma violência sem lei e sem justiça contra si mesmo e contra todos que carecerá sempre de uma razão. Portanto, se você tem algum motivo para ter ódio, isso já não é ódio, é raiva. E se a raiva é justa, então, já é amor – preocupação em demasiada com uma causa. Pois se repele o que não se quer bem, isto é, prefere-se e, às vezes, sem mesmo enxergar, o melhor. Repele-se, simplesmente, porque não gosta, não é do gosto. E, pela frieza da razão, é mais fácil saber daquilo que não se gosta do porquê se gosta, já que quando se descobre todo motivo de porquê gosta, perde o interesse gostar mais. Amor, raiva, paixão... Isso tudo é sobre sentimentos, mas quem domina a dor? Para mim, achei uma resposta entre o desapego e a afeição: “Só é capaz de dominar uma dor, aquele que não a sente” (William Shakespeare).

domingo, 19 de abril de 2009

Morte e vida, Ameríndia!

Viva embriagado na Alegria
Numa Aldeia rodeado de amigos,
Onde Chefes comandam,
Servindo o Povo
Com sabedoria e respeito
De quem reconhece um igual ao outro.

Eu era um Povo
De milhões de seres viventes
Os pássaros, a natureza, eram meus semelhantes.

Milhões e milhões de Gente,
Milhões de imagens da Gente Viva
Do Deus Vivo.

Eu era toda América.
E ainda sou toda a América,
Porque sou a nova América!


Adaptado. Dom Pedro Casaldáliza e Pedro Tierra
Do livro Ameríndia, morte e vida - VOZES


Leia também:
http://pandamericano.blogspot.com/2009/03/estoria-em-que-se-desenvolveu.html

terça-feira, 14 de abril de 2009

Afroameríndia - Etnia brasileira

Não venha me falar, na minha língua, que é negro porque os negros foram trazidos como escravos para cá e não tinham o direito a se preservarem. Idem os índios; foram quase todos dizimados como as florestas – pelo consumo e pelo ‘direito’ ao capital. Não me fale, portanto, que é um branco, pois já me dava raiva de você quando a fundação de suas cidades e sua mania de fortaleza individualista. Algumas etnias, sim, é o caso de nisseis, sanseis, alguns europeus e mesmo os vindos de outros continentes, inclusive da África e até da Oceania, que chegaram cá como estrangeiros imigrantes e puderam, oficialmente, preservar, difundir e incorporar suas tradições, cultura e, principalmente – para sermos éticos ao falarmos de etnias - concluir uma descendência com o sangue das nações e incluir uma árvore genealógica (na maioria das vezes com muitos galhos quebrados e partes para sempre perdidas) à formação do povo brasileiro. O conhecimento e saber de seus ascendentes permitem, portanto, que não se denominem brasileiros.Contudo, se você está no Brasil por refúgio ou origem desconhecida, com tantos outros, não concorde em marcar um ‘X’ quando lhe perguntam sua identidade étnica com classificações racistas e preconcebidas do tipo ‘negro’ (e, sim,brasileiro), ‘branco’ (e, sim,brasileiro), ‘pardo’ (e, sim,brasileiro), ‘mestiço’ (e, sim,brasileiro). Somos brasileiros!!!Portanto, negada, branquinhos e (talvez o mais difícil de se denominar, pois o erro, o defeito, está na palavra) ‘indígenas’ chega de nazi-fascismos no Brasil. Chega de buscar a pureza da raça! Somos todos, que nascemos no Brasil, nativos! E, isto é, responsáveis uns pelos outros e também por uma nação. Se há nação, se há nacionalidade! E, naturalmente, estamos comprometidos em preservar, resgatar e assumir a NOSSA CULTURA!!! Consangüínea. A ponto de sermos inocentados se emergirem Estados inocentes novamente.

Dia da América e dia Pan-Americano.

domingo, 12 de abril de 2009

Jesus Cristo Superstar - a Obra de Tim Rice

"Sobre uma cortina estava projetado o logótipo do musical, enquanto esperávamos o início do espetáculo. E depois a sala escureceu, e, acompanhando os acordes da 'ouverture ', surpreendo-me com uma projeção, apontando o dedo ao "mal" no nosso presente, agora, século XXI.

E depois subiu o pano e... ao final senti as mãos quase inchadas de aplaudir, de pé, e a voz já falhava uns quantos "Bravo!" obrigatoriamente incontornáveis numa ovação mais que merecida.

Num país católico e de brandos costumes, a abordagem revela-se um nadinha... soft . Esta obra é "a visão de Cristo nos olhos apaixonados e inteligentes de Judas". E é exatamente essa a primeira "surpresa" do espetáculo: um Judas verossímil, humanamente confuso, cheio de dúvidas e questões nunca, no entanto, pondo em casa o seu amor àquele que irá trair.

Diz, na introdução do libreto, que "tarde demais ele apercebe-se que foi apenas um peão no grande plano de Deus".

E isso, mais uma vez, vem de encontro a um pormenor nada ínfimo, que deixou a minha mãe "possessa" comigo mais de uma vez, e pôs catequistas, padres e pastores de mãos na cabeça: "o que é que a gente Lhe faz?"

A questão é simples: se Jesus nasceu para salvar a humanidade, morrendo na cruz ao completar 33 anos, como estava escrito, sendo para o efeito traído pelo seu discípulo favorito, porque era suposto ter feito e estava escrito que tinha de fazer.

Num registro livre e blasfêmico de: “será este Deus a existir...”, fazendo uso de um homem que acaba angustiado e enlouquece, e que, sucumbindo ao único final possível para lhe ser concedida alguma paz de espírito, põe fim à própria vida, ser o Ser iluminado e bom que as religiões nos servem de bandeja com pano de linho bordado.
(eu só perguntava porque é que eles achavam que ele era mau...)

No entanto, Jesus é tratado com um respeito reverente, insuperável na serenidade, conseguindo transmitir o calor que emana de um ser iluminado por dentro, que tranqüiliza só de olhar e ouvir. Reverência levada até ao último segundo do espetáculo, como todo o resto, memorável.

Aliás, como só podia ser tratado. Jesus é uma “personagem histórica”, que marcou o caminho da Humanidade.

Por isso, com toda a isenção que me assiste, digo que "Jesus Cristo Superstar” é um espetáculo em que só perde quem não o vai ver. Crentes e cristãos são respeitados, e nós, os "desconfiados" ganhamos um pitéu de primeira água, ali espevitadíssimos a apanhar as malhas que vão, discretamente, caindo."
BOA PÁSCOA A TODOS!

Crítica extraída do blog: http://donadecasa.blogs.sapo.pt/, e editada por mim sem autorização e nem conhecimento da autora - parece que portuguesa - não identificada. A montagem, que inclusive eu vi também inúmeras vezes, foi dirigida por LaFeria.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Cotas, cotas, cotas!!!

Cotas para os negros, cotas para os índios, cotas para rede pública, cotas para os aposentados, para os jovens, para os remanescentes, para os reincidentes, para os suplentes, cotas para os contentes... todos os tipos de cotas. [Cotas, cotas para todo mundo!!!]. Cotas com deliberações de descontos! Um desconto de ser brasileiro. Desconto porque o orgulho de ser brasileiro é ferido. Eu posso ter vergonha de ser brasileiro? Com licença, eu posso ter vergonha pra falar da história de um povo escravo de elites dominadoras e autoritárias, de um país colonizado pelo desenvolvimento? Escravo da burguesia nada autêntica nesse país.Está mais que na hora de tomarmos uma posição!

(Só)“Quem está pelo Brasil, é Brasil”.

Por isso eu quero cotas a partes. Cotas que me restabeleçam o conforto, a segurança de estarmos (ou não) sobre um país com vida e história não negligenciáveis. Eu só quero uma parte. Que a nossa Mãe Pátria inteira seja mesmo RESERVADA, mas sem financiamento externo, pelo apoio e colaboração interna. Assim sei que ela está junto de cada um e o quanto.

Efeitos da linguagem...

BE RAP! OR NOT TUPI!
(19/03/2009).

quinta-feira, 26 de março de 2009

IN SEMPRE - Amor de Papel (Cyperus papyrus)

Enquanto penso em ‘burguesia’ não consigo comer! (quantas coisas não devem ser pensadas durante a alimentação?). Quantas coisas não precisariam ser pensadas para dizer o que sinto... Eu sou o louco para o ego perfeito. - Todos os meus defeitos são hoje feiamente calculados. – Hoje. Hoje, sim, só hoje que há um ‘preço’ perfeitamente já estipulável para cada erro.
O erro é, geralmente, algo que se passa muito perceptível. O ‘defeito’ é algo raro. Raramente deixamos de notá-lo.
- Quantas das relações humanas acontecem sem o dinheiro? – Comemos com dinheiro, compramos com dinheiro, cagamos com dinheiro, passamos um cheque com dinheiro, fazemos tudo com dinheiro (sim! fodemos com dinheiro!!),... com o pensamento, com as cores, com a natureza, com as ideologias,...
- Quando é que uma relação humana ocorre entre dois ou mais seres humanos? Sim, uma relação a dois, ou a três, quatro,... , mas sem o intermezzo do dinheiro...? Não há meios!? Quando ocorre fora do quarto (sempre comprado, vendido, cedido, ou alugado)? Quando uma relação ocorre entre um ser humano e outros meios ou seres diretamente?!!
Resumindo, o dinheiro é uma doença, então!? Isto é, assim como não se pode dizer que uma doença é boa (não é), também não se pode dizer que é somente ruim. Uma doença pode levar-lhe à morte – o que pra mim é o péssimo; mas pode também fortalecê-lo, o que pra mim não é ruim. Bom senso... O dinheiro pode não ser uma doença.
Talvez ele seja invisível!
- Sim, sou um bobalhão. Inocente. Percebo as coisas como já são, como é e as posso tocar na verdade, e pra mim estão corretas quando há concretude e clareza. Falta ainda, sim...
Falta ainda assim a assunção, a assunção do bom senso...!!!
Há ainda a grosseria de quem não fala. Toda a rusticidade de quem não escreve. O enrustimento de quem não faz. Isto causa uma disfunção acumulativa... Atrofia-se um sentido e se enruste outro. Vive-se o desamor, a violência, deixando de existir. E, pelo amor de Deus!, a última coisa que pensaria deixar de fazer, nesse caso, é amar.
É preciso, portanto, viver muito. Não deixar de viver! (o terror, o desespero).
Não quero ser rústico..........................tem quem queira.
Não quero ser violência........................tem quem queira.
Não quero sofrer.................................tem quem queira.
Não quero deixar de ser feliz.................tem quem queira.
Não quero deixar de querer...................tem quem queira.
Não quero.........................................tem quem queira.
Não quero.........................................tem quem queira.
Não quero.........................................tem quem queira.
" ".................................................................... " " " .
" "...................................................... " " " .
" "...................................................... " " " .
" "...................................................... " " " .

terça-feira, 24 de março de 2009

Vs. 1

Terras, Universos, Cosmos.

Impa cto
Imp acto
Impossível.

Vs. 2

A corrupção
degenera.
Corroe.

Sem deixar gerações,
o corrupto
se roe.


O AQUECIMENTO GLOGAL
começa a derreter
lixos omissos:

MINAS de PLÁSTICO
(bolas de futebol, samba, carnaval, garrafas Pets, tevês, animes com seus eletrodomésticos, e também, chuveiros, ventiladores, liquidificadores, camisinhas, drogas e todos os objetos disfarçados de pobres ou de mercadorias. Semi-prostitutas cuja profissão é se oferecer, além de piratas completamente semi-revoltosos...).


ASS
ASSINOs!!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vs. 3

H A B E R E
VEM TER.
SER Θ TER.

!!!













CEDER
...
...
...

De onde tiraram que tempo é $$$? Tá bom, ter é poder, mas tem é quem cuida.

CUIDADO: O DONO É QUE ZELA.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Estória em que se desenvolveu a necessidade do sentimento de querer estar só

Certo dia, na tribo, todos desejaram só quererem estar sós e fazerem suas coisas de estarem sozinhos। Plantavam uma árvore, oravam, contavam suas piadas e estórias só para eles mesmos.
E ficaram tanto tempo sentindo isso que começaram a querer um espaço só pra eles। Cada um queria um espaço só seu. E como eles não se ouviam, continuavam querendo estar sozinhos.
No entanto, não havia espaço suficiente para todos e todos queriam a mesma coisa: um espaço para estarem sós; um espaço só deles.
Então, foram para lugares bem distantes, até onde não se viam mais. Aos poucos, apareceram mais querendo ficar sós e precisaram se espalhar, até onde não podiam se encontrar. E para que não se encontrassem puseram cercas. E foram aparecendo mais e eles já não conseguiam deixar de se ver, então levantaram muros. Mas eram tantos e foram aparecendo mais que sentiam que deviam ficar sós que os muros foram se encostando.
E começaram a construir casas. Até que as casas já não cabiam mais e puseram umas em cima das outras, com um muro em cima e em baixo também. E as paredes eram só deles.
Mas foram aparecendo mais e eram tantos que os muros se empurravam. E se empurravam tanto que desabavam. E quando os habitantes se encontravam, eles se empurravam também. E se empurraram uns aos outros...
E a partir daí aconteceram muitas coisas. Alguns se derrubavam, outros se digladiavam, outros eram atropelados, uns caíam em cima dos outros, outros se encontravam, simplesmente, e davam um abraço porque estavam com muita saudade já depois de estarem tanto tempo sozinhos. Alguns se davam um grande abraço e até um beijo e se amavam tanto que caminhavam de mãos dadas empurrando e derrubando os que estavam sozinhos.
Quanto mais se davam os encontros, mais coisas diferentes aconteciam. Até que todas as coisas aconteceram. Alguns morreram, alguns mataram, alguns se mataram! Outros se deram as mãos, outros se deram as duas mãos e quantos mais se dessem as mãos mais derrubavam os que passassem a sua frente. Caíam e levantavam várias vezes. Deram-se as mãos para várias gentes, mas continuavam se derrubando e a empurrar.
Até que desejaram não cair mais, nem estarem sós. Então tiveram que se segurar para que ninguém mais caísse e nem sentisse mais o sentimento de estar sozinho. Para isso todos se deram as mãos. Ninguém ficou de mãos livres. Não sobrou ninguém. Para que não caíssem mais nem ficassem sozinhos. Podiam até pular. Quem caía, mesmo de mãos dadas, logo era levantado. E, agora, juntos ninguém mais se derrubava, pois senão caía também e puxava o outro...
A partir de então, na tribo, sempre quando sentimos o desejo de querer estarmos sós, vamos para bem longe e nos lembramos dessa estória...

Lógica emergente do mercado.

Profissão: teatro.
O TRABALHADOR EMERGENTE

Lógica Potente do Mercado:
- O que vale é o que fica.
(Fica o que vale) ; (Sobrevive o que se sustenta) ; (Funciona o que fica de pé).

Encare o jogo – playing the game: O Jogo é saber jogar fora... e isso já é quase um luxo nos dia de hoje.

O QUE DESTRUO? VS. O QUE CONSUMO?

. Por ora, continuamos comendo dinheiro (ou com dinheiro, enquanto tudo tiver um preço). Dá no mesmo cagar dinheiro e comer as fezes então (isso é bíblico!).
. No mercado em tudo há valor, mas nós pecamos pelo crédito: “As expressões ‘o meu’ e ‘o teu’ carecem de um sentimento” (São João Crisóstomos). Portanto o sentido do valor é o desejo. E a lei do desejo: a oferta e a procura. Pecado Capital.
. O acúmulo quando não valorizado prolonga, ao mesmo tempo, o preço para se acumular. Tudo fica mais caro, mas raro, mesmo, é de graça.
. O diferencial está em saber jogar fora. É a "MÁGICA" da adaptação... Como jogar dinheiro fora? É uma grande questão para o esteta. E para o filósofo, e para o político saber jogar é saber jogar fora... O que se põe no lixo? Isto é SELETAR! Isto é ESCOLHA! A Liberdade!
. As regras tornam o jogo real...

“Sem a Lei, o pecado está morto”. "Mas eu não teria conhecido o pecado, se não existisse a Lei”
(Rm 7 : 7-8).

POLICIAR Vs. RENUNCIAR
. Corrigir e regular. O que foi e é jogado FORA tende a ficar cada vez mais na consciência de quem joga: lei do acúmulo. Um cúmulo!
. Dicas de sobrevivência: uma Consciência RECICLÁVEL; "reciclar-se"; degustar e saborear mais... com calma; aproveitar o que não é lixo; ter um vaso refinado para coleta (entrópica e energética)...
. A sujeira (toda dona de casa sabe) acumula, isto é, vai ganhando valor... E comemos.
. Quanto mais nos alimentamos das coisas que vemos sempre, mais banalizamos para não as ver. E elas se tornam piores, cada vez mais bizarras. Ao mesmo tempo, nossos olhos vão se fechando, inundados pelo grito estridente, exuberante de "Eu Quero!". O que não pode ser banalizado, não é nem sequer suportado.

Mais gostoso seria ser livre... para cagar e jogar, realmente, nossos detritos FORA.

Podemos DAR VS. RECEBER sem comprar e vender?

Vendo uma consciência com atenção....

Sai capitalismo!!! Sai fora capitão!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

AUTONOMIA

Autonomia
24/09/08

Auto-transformável
Auto- mutável
Auto-coordenável
Auto-transportável
Auto-gerido, criável, re-criável, transmutável...
Auto-metamorfoseável
Autonomista.
Auto-autor, ator? ...Nome?

O ser humano é incapaz de se ter sob controle e está longe até mesmo de construir sua própria personalidade. Em parte porque ela é percebida como imagem. E a imagem é percebida antes de tudo no pensamento, como o estímulo mais forte e rápido, a ilusão (imagu). Apegamo-nos ao corpo, ou às partes do corpo, classificando-as, inclusive. Captamos a vida, isto quer dizer captamos libido. Prudentes, portanto, de não poder mais do que nos identificar imediatamente com a imagem. Ou seja, nos ‘auto-duplicar’, pois nosso impulso inicial é o de imitar, queremos ser idem. Identificar a inveja, a atração ou a cobiça através da associação.
Chega-se, assim, a hipótese razoável de que somos muito mais responsáveis (ou mesmo, mais autênticos e originais por via da nossa alteridade) pela construção de subjetividades do que de personalidades (ou pseudo-personalidades, diga-se também, celebridades). Esta é pré-construída, antevista, prevista, às vezes, prejulgada, pré-concebida, segundo a forma como o nosso corpo percebe e é percebido, isto é, por intenções, movimentos, definições, transparências, contrastes, brilhos e ações que se fazem uma após a outra... -alturas, tamanhos, captações ou qualidades quaisquer que se referem a imagem. Enquanto as subjetividades tendem para a homogenização ou para a heterogenização, podendo, então, a qualquer momento serem vítimas padronizadas e padronizantes.
Reconhecer - palavra Teatral - não significa classificar, nem identificar, nem imitar, nem copiar, nem saber, nem julgar,... É a alma do sucesso...!!! Preciso me explicar.
Como dar e receber valor se tudo nos diz que temos ou devemos ter, antes de tudo, algum crédito? Como? É um pequeno ciso contra o capitalismo. Porque a imagem que se percebe antes de tudo tem valor, é sentida. Portanto, como?...
A corrupção degenera. É, muito possivelmente, a raiz para qualquer violência. E o burguês, o dono das idéias, vendedor de idéias, pois já nasce com elas acumuladas em abundância, nasce sabendo que quer ser sugado (chupado) por "todos", pela "sociedade" que ele mesmo criou e se amedronta; quer manter tudo como está. Acumular e, principalmente, manter o que tem. O dominante humano é predador. Basta comer bem e cultivar uma boa cultura para ele se formar. Dê mais tempo e espaço e ele se torna lascivo e começa a classificar. O ócio e a preguiça vivem na lacuna que que ele abre com o vício do lucro e da vantagem.
Ilusão. Raramente sabemos que estamos sabendo nada. Por isso raramente estamos sem fazer nada. (Procuro pensar que estamos no mínimo produzindo sujeira. Ou poesando alguma merda, que é bem freqüente também - perdoe, mas com toda licença, este é um pensamento que ensina humildade).
Pagamos pelo capitalismo. E há muita vida ainda a se pagar por ele. Tira-se crédito e não se dá o crédito. O que quer dizer que o capitalismo não é o sistema global do crédito, mas a contravenção: O Capitalismo não é Capital.
A falta... de oficialiadade deste "pecado"... é tão perceptível quanto o próprio dinheiro... invisível pra alguns. Assim, torna-se cada vez mais virtual toda esta "transparência" do(ps) governo capitalista. Ora! Virtualidade pura, sim, mas Material!!! Isto é, enquanto digitaliza-se o poder ("público") - potencializando a internet, por exemplo -, a orientação de governos segue para uma direção mais concreta, segundo eles, para quem política é amor, é trabalho... e não força. Isto até que é “sussa” para quem acredita e ama a História, o nascimento da democracia... mas para qualquer ateu ou cético isto... não é nada. E ainda para alguns outros...?...


Revoltados e revoltosos do capitalismo, uniu-vos!


A cura do invisível-omisso , quero dizer, da corrupção, há de vir. É varrer ou valer o crédito no mundo... Transparente e real!

Se a corrupção corroe a vida de futuras gerações, o consumo a destrói. Nada ocorrerá enquanto se comprar e vender mais do que se dar e receber (valor).

.

.

Bem,


Pra justificar-me, psicologicamente, desses movimentos exagerados da alma, dessa paixão política, desse desejo todo que vem do espírito, dessa ascese de dar vida ao espírito solto, ao hálito que se solta, a ‘psyche’,... explosão em Londres! (CRISE). Ventos quânticos... [1]
Sou um grego do espírito solto, mas sinto a atração por perceber e ler esses movimentos. E em me mover por ações que não são classificações, avaliações nem julgamentos. Esses são todos os meus pensamentos derivados da mesma ação. Enquanto eu tiver algo para falar eu vou ter que evitar a falácia de filosofar, ou de querer...
Enquanto ajo, eu co-existo,
simplesmente.


Ser livre não é poder sumir (consumir). Este é meu Nirvana por hoje.

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[1] “O que nos faz impuros não é o que entra pela boca, mas sim o que sai” (provérbio
).

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Lamento DE AMOR do capitalismo pela reforma da língua.

O sistema continua sendo o mesmo, das relações políticas, econômicas e sociais. Os burgueses têm mais dificuldades para perceber as amizades. Portanto, vamos declarar guerra. Em breve. O capitalismo perderá completamente o respeito pelo valor do crédito. De todos e de cada um, mas o valor do ‘meu’, do ‘teu’ e dos ‘nossos’ não existem sem um sentimento!

Liberdade!

Estamos, todos os falantes da língua portuguesa, habituados a não existir para ter. Isto é, a trocar o verbo 'haver' pelo 'ter'.
Possessão do Haver.
Habitação do Ter.
"Tem um livro em cima da mesa?"
- Tem, não. Há!

A única forma de EXISTIR
é sendo e não tendo.

A ignorância chegou a tanto que já se nasce sem História.

Acredita que a sua história seja Guerra?
Não consegue sair desse mundo de guerra e violência?

Esqueçam, pois, suas raízes.
Precisam resgatar o verdadeiro valor da Origem.
De onde vieram as sementes.
...
Quem Somos?

O governo*

Perdoai os burgueses e liquidai a burguesice.
Acumular e manter. É tudo que fazem.
Sol! Dinheiro. Água! Dinheiro. Terra! Dinheiro. Fogo! Dinheiro. Deus! Dinheiro.
Assunto, vida!!!
Dinheiro. A burguesia não pára de acreditar nunca no
Dinheiro!
E quando pára de pensar (porque o pensamento da burguesia é dominante – uma "crença’ a qual todos seguem) é para comer bem
e cultivar a boa cultura.
É para sentir culpa e se esconder atrás da vergonha,

Sempre muita vergonha...
E quem sabe para sofrer um pouco mais**

Enquanto houver burguesia
haverá culpa.

Há muita gente ainda querendo ser burguês.
Pra quê? Pra pedir perdão.
A ignorância é ainda maior
O povo confunde
A burguesia com caldo nobre.
Que nó!

A burguesia esqueceu o que
o que é
dar e receber.
Porque tem tudo; que compra e vende.

Não queira ter.
Exista.

Ser livre não é (con)sumir.

* - governo: “conceito redentor”
**Bebês burgueses que já nascem sabendo que a sociedade deseja chupá-los, lambê-los e bajulá-los a vida toda causando um estado de perda das capacidades de se fazer a AMIZADE e reconhecer o próximo como o seu semelhante.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

REFLEXÃO

No fundo
todos nós somos construtores.
Qualquer outro destino hoje é miserável,
inútil
como declaração
em instantes contados para amar.


Tanto faz
se estás em alguma obra
sobre a qual
não se escrevem versos.
Nós enfrentamos porvir anônimos.
Uma niveladora insubornável
nivela a terra
e os nossos direitos.
E troveja o concreto nas formas
apagando lamúrias
e calúnias.

E sob estes andaimes fantásticos
cada um recebe seu nome.
Exato.
Lacônico.
Como o número
com que se mede a execução do plano.
Nós não somos heróis positivos.
Nós não somos heróis negativos.
Nós somos homens.
Fortes.
Ou francos.
Ou valentes.

Ou medrosos.
Ou tristes.
Ou felizes.
Frívolos.
E implacáveis.

Nos fazia falta este juízo final
no próprio limiar do futuro.
Que gire com toda força
o britador do tempo.
Joga nele –
joga todas as pedras
que estiverem em nossas gargantas,
que pesarem em nossos corações:

Sabes que concreto dará!


Liubomir Lebtchev
(poeta búlgaro, 1967)

'GUERRA

O que a vida tem me ensinado
Gostaria de dividir
Com aqueles que querem aprender...
Até que a filosofia que afirmava que uma raça é
Superior e outra inferior
Estiver finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada
Tudo é guerra, sim, é guerra
E até não haver mais a primeira classe
E cidadãos de segunda classe de qualquer nação.
Até que a cor da pele de um homem
Não tenha significado maior do que a cor de seus olhos
Proclamo guerra!
Até que os direitos humanos básicos sejam igualmente
Garantidos para todos, sem distinção de raça
Proclamo guerra!
Isto até o dia
Do sonho da paz eterna, da cidadania mundial.
A regra de uma moral internacional
Permanecerá como uma grande ilusão
Para ser perseguida, mas nunca atingida.
Agora, em todo lugar é guerra, guerra!
E até que os regimes ignóbeis e infelizes
Que prendem nossos irmãos em Angola e Moçambique,
Os cativeiros sub-humanos do sul da África
Sejam condenados e destruídos totalmente
Bem, em todo lugar é guerra, proclamo guerra!
Guerra no leste, guerra no oeste,
Guerra no extremo norte, guerra no sul,
Guerra, guerra, rumores de guerra.
E até o dia que o continente africano
Não conhecer a paz, nós africanos lutaremos.
Achamos necessário e vamos vencer!
Estamos confiantes na vitória
Dos bons sobre a maldade, dos bons sobre a maldade.
Dos bons sobre a maldade, dos bons sobre a maldade.'

Bob Marley

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A FORTALEZA (Chico Buarque de Holanda*)

A minha tristeza
não é feita de angústia
A minha tristeza
não é feita de angústia
A minha surpresa

A minha surpresa
É só feita de fatos
de sangue nas veias
de lama nos sapatos
minha fortaleza

Minha fortaleza
É de um silêncio infâme
Guardando represa
Retendo derrame
A minha riqueza... ?

*adaptada

domingo, 4 de janeiro de 2009

Diário

- Vê Zé Celso, assista o SBT, agora! São 1&h. ‘Cinema em Casa’, Tarzan – e as mil e uma noites? (O caso é o que é a inocência, não é mesmo? Você se lembra de quando você não sabia? Como era? Algo?)

Estou assistindo um pouco solitário e ausente do meio social. E, se considerar que esteja em trabalho, escrevo somente. Sem aulas. Sem lugar. Sem escritor.

Leio o que vejo. Escrevo o que vivo.

Imitação da Angélica. IMBRA. Marca. Momento.

Memória. Nove e meia da noite, no SBT.

Testemunhei a TV dizendo que o Sílvio Santos é o Nosso Senhor do Bonfim.

Noite Escura Ignorância

Mais Nada

(É difícil, mesmo no ócio, a gente estar sem fazer nada. Procuro pensar que, no mínimo, estamos fazendo sujeira).

Sujo para conscientizar-me.

Gosto de trabalhar. Pelo seu tesão. Pelo tesão que me causa. Não sei bem se isso é nosso: Pelo tesão que me causa trabalhar. Sei que não é a guerra nem a destruição que me dão tesão, mas o trabalho que dá a reconstrução e também a reconstituição da paz.

Eu sei que aquilo que chamam de sistema - não autorizadamente, porque não funciona anonimamente e não pode ser de maneira nenhuma autônomo (não alcança nunca uma autonomia, ao menos a de um sujeito) - não é autêntico. O próprio capitalismo não reconhece o crédito, tira muito mais do que reconhece o valor, a imagem, a força. Porém, se dinheiro valesse mais do que trabalho, o trabalho valeria pouco e a força aplicada seria sempre menor do que o ganho por ela; seríamos todos escravos. O pecado Capital no fundo, no fundo, tem sua correção com os vícios! (é coisa de vender e comprar muito mais do que dar e receber).

Ai, estar tão fácil se tornar massa!

A. Cada um é cada um e acabo. Sim, só não empurra. É questão de que estamos sós. E já que nos movimentamos... É melhor cuidar...

Querer não é bom. Ter não é bom.

(Chega... por hoje...)

- Por que escrevo cartas??!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sturm und Drang - No deje que el amor (CRÍTICA BANDIDA de "OS BANDIDOS")


RAIOU!(oi! E RA I Z para ficar na minha (ÁR): - Bang!Date: Sun, 14 Dec 2008 22:54:41 -

AURY P. (UNTE),

QUANTA MARAVILHA! QUE QUARTA! QUE QUARTo De Dia Jah ESCRITO! BEM...pode me ESCUTAR (ler)?... UM agorinha?(Sabe quem sou? O Idiota?).Hum...No... "Bandidos"... é certo que investigo ainda o que vocês ataram. O que de fato...? A alegria é real. Dá Vontade de fazer em cena, sim! -Não está RINDO?... um mendigo aqui, outro vadio ali... Desculpe-me, porque não? Vadios para defender UMA atitude ética (AP.) do Teatro com amor. QUER SABER: Logo Teriam voluntários! E quem sabe tropessassem no crime perfeito... AHH? P ODE? - LóGICA PODE. OS CRIMES, OS AMORES DÁ ARTE. Defender estar politicamente. Sim, estou sendo sereno. Pareço um maluco imbecil, né, mas já fui mesmo um idiota – e também demente -, mas agora não. Acho que faltou Ânimo. Sucumbir à crise final e fatal da corneta. A anGÚSTIA, a VITóRIA Dos DeSAMORES 'Bês'. Não Matar a Deus?! TuDO Bem, Bom... Mas mau é mal? Só, fim. TuDO Bem?


Salto!, AlTismo I(). Racional.


Saí com um vazio...sem amor! Que contei só com um milagre, a Alegria do mordono, o SilFo, que está muito bem disfarçado! SANTO MARIMBOMDO! ENREDAm o MOSQUITO entre eLFOS! Que sempre, meu amigo...!!! Imperador da PWCSSS U।S।A।, J, C, A, B, Z, Inimigo Antagônico (vejo as idéias do extremo REAL de Slavoj Zizek até que ele mesmo suma).
Na hora que faltou a realidade, vocês soaram em falso também uma falsa TROMBetA. E Os Brilhos e a BeleZa de OXUm? Os LÍRios da Pena do Povo!? UEUAI!!!? MÓLUZ! ("Movimento é luz". Fala isso Pro ZÉ). Ô! O público inteiro... tornando-se povo denovo!!! Dá PRU Zé fazer? QUÊm dá PRO ZÉ fazer? COMO É QUE FaZ Pra Dar Pra ELE fazer? "Por quê?" Não, príncipe, esta carta é para você. Anda! ("Mato eSSa Desnutrição!"). NÃO é FICAR aqui na IGnorÂnsia. É, pois, bem que a MATAnça Acelere a crítica. VocêS PRECISAM FICAR FAMOSOS, BAN!(DI)DOs!
Só Pra Quem É! A alegria pra mim(foi).
EVOÉ B.!
.
Obs.: Não lhe dei um alegre abraço porque saí com uma paixão atrás de paixão, mas Parabéns!!! porque em vossas mãos: PWCSS... Vejo-te segunda... Infocando sobre ‘não-Concordes’ e ‘não contaminações’.
.
(não consigo parar)
MOVIMENTO E LUZ MUDA.
A MODULAÇÃO da LuZ é como uma CRÍTICA EMULATIVA.
MODULAR: MUDA O LUGAR.
Por isso O ATOR deve andar na velocidade da luz. Não concorda?
O ArDOR, sim, me contaminou.
VIVA est´A PESTA do TEATRÃO! EXPLOSÃO De TUDO ERRADO! Você Viu? Não.
(PESTÃO? Ainda NÃO DESTA VEZ!!!)

Agradecido Teatro.
OBRIGADO TEATRO e Teatro Oficina Uzyna Uzona।
OFF>> Shhh.

"...ESTOu VIDENDO U INVERSO Da LinGuagEM! AviSA QUÊ FiCA TRANQÜiLO, Só...
>MENTIRA. CUIDA BEM Dos MANOS, CHAO!
EX–ANSIEDADE.
EX-(T.)FERIDA.
EX ORCISMO EX_TERMINA DOR.
Apocalípse Indolor!! VENS?
Plínios MArcoS venceu. VER A DOR e SE CONSUMIR...
Desfrute.
- Que faz ainda mais AURy?! NADA DE Kosmos Von. Veja o universo da mentira, o $ invisível.
Promete a Memória? Então...
TIRO DE RESVALO D(N)A UNIÃO no governador
EnTORNO disso?
Já Ouço Redeption Song.
IS BOB.
TRABALHO É VIDA.
Ninguém morra na frente de ninguém.
ESTÁS?
COMO ESTOU?
Retroativo.
EnTÃO CUIDADO.
FuMe muita MACONHA!!!
RETORNA_SE as Idéias Ideológicas que precisam do co-governo de uma co-nversa.
O ReTORNO DO QUE NÃO VEIO.

O HOmem não é um Vírus, A Linguagem O é.
Por isso OUVIR o NATURAL.
MATA VERDE!
NaTUREZA Do ExtreMO ao EXTREMO
CASTIGA E
SATISFAZ...
O Rabo do Chicote, é que ELA vem
E a ANGÚSTiA traVa.
CuiDE> !
(?)
Unte é União Teatral!
Mundo Inteiro pensando fogo.
O InferNo no mundo... é Paraíso!... Mundo astro-virtual...
- mas não no meu!... PARAÍSO O SEU?
(PCWSSS. É ISSO QUE eSTÁ BUSCANDO? Se...
O CÉU FICA ENTRE o CÉu E a TERRA.
Que POSSO MAIS DIZER?
Ah, a BUSCA!... sempre.
PARTO NASCIDO NOVO... Um BEIJO. FEliCIDAdes De Dez.
Lembro, nesse mês, Visitas do DEUSAZUL.
IRISTA. (Ilícito?! Idôneo?!).
Paz (rt) Indo em mim.
...
Mais um pouquinho Sem teatro.
...
Dani,
Não chora.
Escuta BOB show Song de todas as CançÕES.
Ando Orlando! FRA.t.e.r.n.a.l. Ando todos os países!
"O Egoísmo e o orgulho tem pátria, a fraternidade não!"
Dou RESPOSTA pra TUDO. É VIRGO...
– A Bola por cima da rede. (!) FOCO neutro depois da pergunta.
ViRgÍNIA. Pela primeira vez.
E Sangue OBAMA África!
O DANI NÃO PODE MAIS também...
O BRáS, Brasilandia, Brasília, também...
Brasil,
VieTinÃ!
Ele nÃO SANgrA mais do que
"O sangue de todas as Cores que somos Nós!"
"De todas as canções!"
A Arte: MATAS Sem LEi
MATAS DÁ AfrX.
- Não se preocupe,
o máximo que vi do mal-fazer foi matar criancinhas...!!!
MIS É ELA
É A IG, Nossa Santa!
Miséria e Ignorância, riqueza do Mundo. Ocupando.
Isto não é HOBBIN HOOD!
X é fogo cruzado!!!

Vendo a BELEZA do LIXO.
A África-Homem, Beleza-Mulher!
Bacante, isso foi BELO.
TUDO NA VIDA TEM CICLOS (ou imita, re-cicla).
BELO TUDO NA VIDA que TEM CICLOS (imita).




Z.
AQUI, ORRA!

BEIJO NO DEFUNTO AURY PORTO,
dessa 're-presunciação' de: MATA É BOM.
DANI.El, Tu e quem você quiser...

Você vai me seguir?